Apostando no talento de Evaldo Mocarzel, documentarista que estabelece um diálogo fácil com o público a partir de construções narrativas que sensibilizam, “Cinema de Guerrilha” propõe a discussão sobre novos olhares cada vez mais presentes no audiovisual nacional.
O documentário dá voz aos protagonistas que vivem e registram suas imagens nas comunidades, trabalhando e construindo um espaço para seu discurso fílmico. O filme foi financiado com recursos próprios e com o apoio em serviços de fornecedores parceiros que acreditaram no projeto.
“Cinema de Guerrilha” é uma radiografia humanizada dos sonhos, angústias, esperanças e projetos de vida de moças e rapazes que moram na periferia da Grande São Paulo. O documentário procurou fugir do enfoque sensacionalista das emissoras de televisão, ora espetacularizando a violência para conquistar elevados índices de audiência, ora glamourizando a cultura hip hop em reportagens voltadas para temas como a cidadania e o marketing social. “Cinema de Guerrilha” é um mergulho na visão de mundo desses jovens.
O documentário foi todo construído a partir de uma oficina ministrada pelos cineastas Christian Saghaard e Evaldo Mocarzel no bairro de Sapopemba, zona leste de São Paulo. Trata-se de um projeto da Associação Cultural Kinoforum, que há dez anos vem realizando um trabalho de “formação do olhar” de jovens na periferia de São Paulo. Os jovens aprendem noções básicas da linguagem audiovisual, escrevem roteiros, dirigem, filmam, editam, sonorizam e projetam seus filmes dentro da programação do Festival Internacional de Curtas-metragens de São Paulo, cumprindo assim todas as etapas da realização de um filme. Os jovens expressam a sua visão de mundo nesses trabalhos ficcionais e documentais, revelando então como vêem na representação audiovisual as contradições do local onde vivem.
Cinema de Guerrilha é um documentário sobre jovens de periferia que fazem cinema, realizam oficinas e promovem exibições alternativas de curtas-metragens para as comunidades.
Evaldo Mocarzel nasceu em 1960 em Niterói, Rio de Janeiro. Formou-se em Cinema na Universidade Federal Fluminense. Trabalhou como jornalista e foi editor do Caderno 2 do jornal O Estado de São Paulo durante oito anos. Cursou Cinema na New York Film Academy e fez parte, durante quatro anos, do Círculo de Dramaturgia do diretor Antunes Filho, no CPT, em São Paulo. Realizou os curtas Retratos no Parque (1999) e À Margem da Imagem (2001). Retomou o tema deste último, a vida de moradores de rua em São Paulo, transformando-o num longa, também chamado À Margem da Imagem (2003). A partir daí realizou diversos filmes: Mensageiras da Luz - Parteiras da Amazônia (curta e longa, 2004), Primeiros Passos (2005), Do Luto à Luta (2005), À Margem do Concreto (2006), Jardim Ângela (2007), O Cinema dos Meus Olhos (2007), Brigada Pára-quedista (2007), Sentidos à Flor da Pele (2008), À Margem do Lixo (2008), BR-3 (2009), Quebradeiras (2009), Cinema de Guerrilha (2010), São Paulo Companhia de Dança (2010), Cuba Libre (2011), Hysteria (2012), A Última Palavra é a Penúltima (2012), Antártica (2013) e Dizer e Não Pedir Segredo (2013).
Depoimentos
Eder Augusto dos Santos
Luciano Anjos de Oliveira
Ingrid Gonçalves
André Oliveira
Maria Aparecida de Mendonça
Nelson Junior F. de Moraes
Direção
Evaldo Mocarzel
Roteiro
Evaldo Mocarzel
Willem Dias
Produção Executiva
Zita Carvalhosa
Direção de Fotografia
Thiago Ribeiro
Fotografia Adicional
Rodolfo Figueiredo
Montagem
Willem Dias
Edição de Som
Miriam Biderman
Ricardo Reis
Ana Chiarini
Produção de Finalização
Letícia Santos
Av. Vieira de Carvalho, 192 / 101 - República - CEP 01210-010 - São Paulo - Brasil | +55 11 3031.5522 | super@superfilmes.com.br |